Entenda a Cultura de Estupro.
- Luiz Felipe Neves
- 29 de mai. de 2016
- 2 min de leitura

No dia 21 de maio, todo o país ficou chocado com um caso de estupro coletivo envolvendo uma jovem carioca de 16 anos e 30 homens. Fato que gerou grande repercussão em todas as mídias, atraindo todos os tipos de olhares ao caso e dividindo opiniões, que sugerem a chamada cultura de estupro.
A cultura de estupro já está profundamente enraizada na nossa sociedade, desde a forma como as crianças são educadas em relação aos sexos opostos, até as músicas que hoje são tendências entre os jovens, que limitam a mulher a sua sexualidade.
Todo esse processo ocasiona um compreensão muito complexo da cultura de estupro, por dividir opiniões que defendem pontos de vistas distintos. Há inúmeras mulheres e homens que lutam para que esse episódio jamais se repita. E por outro lado há aqueles que preferem encontrar um motivo lógico anterior para justificar o estupro, fazendo com que a vítima deixe de ser vítima e passe a ser a detentora das consequências de seus atos.
É estritamente complicado entender o pensamento humano em relação a cultura de estupro, principalmente entre os homens, por conta de toda a forma como a nossa sociedade foi moldada para interpretar o papel de cada sexo, disseminando controvérsias em ambos os lados.
Mas tudo isso pode mudar graças a uma brilhante produção da cineasta francesa Eléonore Pourriat, que produziu um curta chamado "Maioria Oprimida" (Majorité Opprimée), que de forma excepcional, retrata como seria a cultura de estupro caso os papeis de homens e mulheres fossem invertidos, e o sexo masculino quem sofresse todos os assédios cometidos diariamente contra a mulher em todo o mundo.
O Curta pode ser visto abaixo legendado em português pelo jornalista Paulo Silvestre, dono do blog "O Macaco Elétrico".
Um filme de Eléonore Pourriat. Com a participação de Pierre Bénézit, Marie-Lorna Vaconsin, Jamel Barbouche, Céline Menville e Marie Favasuli.
De acordo com o Forum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil tem 1 caso de estupro a cada 11 minutos, números alarmantes que crescem continuamente.
É dever de todos nós educar nossas crianças para que mudem seus pontos de vista em relação aos direitos de homens e mulheres na Terra, para que todos os lados passem a realmente a ter o sentimento de igualdade perante a nossa sociedade e colocarmos um ponto final na cultura de estupro.
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